Albino na Lavina

Você chegou, Albino na Lavina.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

De PP para M

Conheci uma menina.
Estou preso a ela.
Maldito seja o sentimento enfadonho e irreal que tenho por ela.
Cheguei a pé, atrasado e doído. Ela já tinha outros ombros para consolo.
Por que tem que ser assim. Assim complicado? Assim delicado? Assim errado?
Sei que não é mais uma. Sei que vai acabar como mais uma. O tempo vai passar.
Eu não vou chorar.
Eu mudei. Eu cresci. Já calço números maiores. A tempos passei do PP para M.
Novos olhos vermelhos: mais experientes e pacientes.
Sei onde posso pisar. Sei onde não posso caminhar.
Não vou interferir, irei guardando meus sonhos. Quando não houver mais espaço, quando transbordar, serei obrigado a ir atrás deles.

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Sei que sou apenas um M. Por que se fosse um GG, não me importaria tanto assim.
Mas acabo por aqui, por que ninguém gosta de textos longos.
Mas gostam de longas histórias, de amores reais, que passam de palavras e relatos de um estranho sonhador/inventor.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Além de Guache

Eram estranhos. Estranhos não dispostos a novas amizades. Carrancudos e frágeis.
Estranheza nascida de desafeto, pois não são só canetas que deixam marcas, talvez boas, mas geralmente más.
Perderam tempo esperando o tempo passar.
Todos sabiam que no fundo, eles estavam em perfeita harmonia, mas ninguém ousava falar.
Nem mesmo eles. Não novamente.
Ele sonhava com ela. Ela sonhava com ele.
Combinavam-se, mas não se mereciam.

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Optaram por seguir suas vidas, e não seus sonhos.
Eram estranhos novamente: estranhos no olhar, estranhos no sentir, estranhos no viver.
Ambos na espera, de uma marca mais profunda que tinta guache, mais que uma caneta de tinta permanente, talvez uma tatuagem, que não se mova com o tempo.
Tudo isso, por que aprenderam que tudo tem um preço, mas que existe um real valor, que só cabe a cada pessoa atribuir.
Um dia descobrem que se pode seguir ambos: seus sonhos e suas vidas.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Conquistador barato


- Tá vendo aquele lá?
Ele é só mais um conquistador barato.

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Mas diferente dos outros baratos, ele era mais caro.
Importava-se com suas conquistas. Agora, no seu aprendizado, por via de regra se coloca em primeiro lugar.
Mas igualmente aos outros baratos, ele foi mudado e criado. Montado e carimbado na concessionária.
Impuseram-lhe o seu design, modelo e estilo de vida. Com ideias tão contemporâneas mas tão brutas.
E isso tudo para se adequar ao padrão. Seu funcionamento pode ser previsto no manual.
Mas só de precavido, já revistei minha nuca procurando o código de barras.