Albino na Lavina

Você chegou, Albino na Lavina.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Epitáfio

O tempo passa,  mas não tão rápido quanto eu queria.
Quando fico só demais, só penso em funerais.
Preciso de uma conversa, uma risada, um abraço, um oi, um tchau.

Gosto de pessoas doces, quero minha vida de volta,
Fui amargurado, pela vida.

No palco da vida, sou um monólogo.
No meu roteiro, não tem final feliz.
Estou esperando, uma boa atriz, me fazer feliz.

Sempre tento melhorar, mas já canso de tentar.
A vida não para, e eu fico só sentado.
O tempo passou, e eu de cadeiras de rodas estou.

A beira da morte estou, tudo para mim falhou.
Cheio de arrependimentos, queria voltar no tempo.
Tento esquecer, minha vida infeliz. Pois bem, minha hora chegou.

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Gosto de pessoas doces, quero minha vida de volta.
Fui amargurado, pela vida.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Pode até parecer fraqueza

Apesar da notícia, eu não consegui tirar o sorriso do rosto. Existia uma contradição enorme dentro de mim, um briga interna.
O meu amor pela pessoa era enorme. Queria ela só pra mim.
Mas pela primeira vez, me ocorreu que mesmo sem mim, eu queria que ela fosse feliz.
Estava me corroendo por dentro, mas não conseguia não mostrar os dentes.
Não era um sorriso falso. Era verdadeiro, um pouco doloroso, mas sincero.

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Compreendi que talvez fosse a primeira vez que amasse alguém.
Compreendi que por ama-lá, deixaria ela ser feliz. Claro, poderia ser diferente.
Não falarei para ela. Não falarei pra ninguém.
É apenas mais uma do amor. Caberá só a mim esquecer.
O que ganho, ou que perco, ninguém precisa saber.
Pode até parecer fraqueza, mas que seja fraqueza então.

Apenas mais uma de amor - Lulu Santos

terça-feira, 14 de junho de 2011

Artes Cênicas

Vivo do passado, vivo para o futuro, por que pelo presente não viveria.
Me coloco de pé, enquanto até ficar deitado era difícil.
De que penso, já não sei.
Pago por sentir. Preço injusto, caro de mais.
De como sou, sozinho. Um sozinho junto, o pior tipo de solidão, a solidão unida.
E é claro que sorrio, claro que gargalho, sou um ótimo ator. Sou falso.
E respondo tão bem, tão claramente e com empenho, que todo mundo jura que estou presente.


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Pelo menos sinto saudade do que passou, sinal de que o futuro,
que virou o presente invivido,
que virou passado,
valeu a pena, só não soube notar na hora certa.

domingo, 5 de junho de 2011

Pele de Vovô

Do mesmo modo que a pele, quando muito tempo em contato com a água, fica enrugada e frágil, com o sentimento é igual.
Ficamos muito tempo em contato com o sentimento, absorvemos de mais, e ficamos frágeis pelo excesso. Frágeis, nos machucamos com tamanha facilidade, cortamos, batemos e sentimos dor, que incomoda, que machuca.

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Tarde de mais para secar, o corte já está feito, a dor já existe. Cuidado insuficiente.
Hora de usar um band-aid, fecha-lo, e esperar sarar. Por melhor que fique, em relação a intensidade do corte e o modo de como você tratar, ficará a marca. E cada vez que alguém ver esse marca, perguntará: O que houve aí? E toda lembrança aparecerá. Bem, o corte, se não bem cicatrizado, abrirá novamente, a dor será a mesma.



Penso na possibilidade de economizar água, e me poupar o sofrimento.

"Água já penetrou, não adianta mais secar com pressa, espere a pele de vovô virar jovem novamente."

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Veja

"Um homem precisa viajar por usa conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor.

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Conhecer o frio para desfrutar o calor e seu oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece e quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver."

Amyr Klink