Albino na Lavina

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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sonhos novos, velhos livros


Aquelas fotos ganhavam vida, por muito tempo a todo tempo.
Conversavam a noite inteira, sobre tudo - do dia, da noite, do tempo, da chuva, da vida.
Vovozinhas de saia-balão, e vovozinhos com charutos a tempos já haviam sido trocados, pelas crianças daquela família.  
Uma noite, sem sono, me pus sentado na cama e com a porta entreaberta, escutei um pedaço da conversa:
" - Tu sabes que não pode ser tão orgulhoso!
- Não sou orgulhoso, só tenho fé.
- Aprenderás meu amigo, não é por menos que me chamam de sábio! Tenho o conhecimento que você não tem. Minha inteligência é tanta, você não chega nem aos meus pés. Olhe só, como você fica agitado e inquieto, só sabe pulsar.
 - Você não entende? Eu não escolho, o amor que escolhe."
 Mas estive pensando, crianças não falam sobre isso.
Esses meus sonhos confundidos com folhas amareladas do velho livro, deixando-me sempre na dúvida.




 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY5xFFLWCZiPqmOkTENHRpyrKmw7C7PTJpkhWYAOkcoXUuOIrU5omjWEW43pvCEm041hLH_imDTu81NNPjd0ZUsUu7-PdZJm1vxNlPLhHqfxzSVeQrrhr_e_ImobEumSwZ9yVfF71LT_g/s1600/tumblr_l9xpr8wfQG1qco0iio1_400_large.jpg
 
Penso, se era meu cérebro conversando com meu coração, ou aquele poema que li no fim da tarde com um misto do maré dos sonhos.
Tanto faz, só não aguento essa monotonia da escuridão com o silêncio.

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